segunda-feira, maio 22, 2006

Insónia

Adormeço a minha insónia,

na erosão da lua sobre o rio

que banha as fragas gastas pelo sol.

Adormeço o despertar da noite,

as madrugadas que amanhecem

iluminando o meu sono e sofreguidão.

Adormeço sem sono a vontade de acordar,

o canto dos pássaros o fugir dos carros

na auto-estrada futura que circunda a cidade.

Adormeço acordado o cigarro acabado,

a garrafa meada de vinho e a sóbria embriaguez

que me inspira as palavras que o coração vê.


E a mente sente, a doença de pensar…

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

a noite...é tão desprovida de cor,devia viver-se nela apenas...sentimentos cinzentos!é escura,não devia ser tão atractiva!esconde!esconde-nos!esconde-se de nós!esconde-nos de nós!!! mas não...a noite enreda-nos no seu manto e suga-nos para si! atrai-nos!e mais...põe todos os nossos sentidos a funcionar,a girar sobre nós!mas a noite não é egoísta!é um espelho...deixa-nos ver o que um sorriso tapa!a dor...a falta...a dor de uma falta,uma carência!
são muitas as vezes em que como tu me vejo a adormecer o meio a minha volta,enquanto assisto ao acordar de todos sentimentos escondidos...é à noite que obtenho as melhores revelações sobre mim! é verdade...
muitas vezes padeço do mal que também a tua mente sente...

6/01/2006 08:09:00 da tarde  

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