19/Jul/2006
...é a data da Quinquagésima e última publicação na finada "Religião do Girassol" (nome do meu anterior blog, inspirado na antologia poética organizada por Jorge Sousa Braga, Assírio e Alvim | Outubro 2000) e hoje estimado leitor à data de 9 de Março de 2008, pouco mais de um mês passado sobre a última publicação, também este pequeno blog cumpre a sua meia centena de devaneios. Números que me remetem para as cem postas na blogosfera.
E vistos estes números, não estará 159cm tão morto como a religião que professava? Falta-me tempo e vontade para visitar esta tumba onde até as mais devotas beatas cessaram já o rotineiro ritual do depositar de flores, na sua busca por uma falsa salvação de descargo de consciência!
Por vezes fico a ler, reler, ou meramente a olhar este espaço, quando por entre a falta de tempo e vontade, sobra uma nesga de oportunidade para visitar-me. E visitar-me neste meu 159cm, é metáfora à alma que visita o corpo no seu leito moribundo, impotente na sua espiritualidade para salvar o mortal receptáculo, abandonado ao fado da sua enferma solidão.
E quando o corpo prostrado ao abandono, definha paulatino, qual personagem perdido na obra de Beckett, até a alma o remete ao esquecimento da vida. Acabando também esta por não mais o visitar no seu leito solitário, até que por fim, já nem os mecânicos movimentos da respiração se dignem a existir e este morra.
Assim, resta apenas uma questão a exigir resposta: 159cm caminha para, ou chegou já, à morte?
E vistos estes números, não estará 159cm tão morto como a religião que professava? Falta-me tempo e vontade para visitar esta tumba onde até as mais devotas beatas cessaram já o rotineiro ritual do depositar de flores, na sua busca por uma falsa salvação de descargo de consciência!
Por vezes fico a ler, reler, ou meramente a olhar este espaço, quando por entre a falta de tempo e vontade, sobra uma nesga de oportunidade para visitar-me. E visitar-me neste meu 159cm, é metáfora à alma que visita o corpo no seu leito moribundo, impotente na sua espiritualidade para salvar o mortal receptáculo, abandonado ao fado da sua enferma solidão.
E quando o corpo prostrado ao abandono, definha paulatino, qual personagem perdido na obra de Beckett, até a alma o remete ao esquecimento da vida. Acabando também esta por não mais o visitar no seu leito solitário, até que por fim, já nem os mecânicos movimentos da respiração se dignem a existir e este morra.
Assim, resta apenas uma questão a exigir resposta: 159cm caminha para, ou chegou já, à morte?
posted by Koky at 3/09/2008 03:54:00 da tarde
Deixa a droga do pessimismo e faz teu caminho. todos seremos mais felizes, acreditas?
O facto de não se comentar não significa que não se leia e não se goste do que se lê. Antes de tudo, estes espaços são de quem os cria e a motivação deve vir sempre de dentro - se os outros gostam ou não deve ser secundário! De qualquer forma: acho que este espaço não deve morrer, antes ser actualizado com regularidade, pois o seu "dono" deve ter muito para partilhar. :)
Os comentários, ou melhor a sua falta, não são já problema na existência deste blog. São mais efeito, que causa. A mim é que me falta, num crescendo mirabolante, a vontade de continuar a existi-lo...