Insónia
Adormeço a minha insónia,
na erosão da lua sobre o rio
que banha as fragas gastas pelo sol.
Adormeço o despertar da noite,
as madrugadas que amanhecem
iluminando o meu sono e sofreguidão.
Adormeço sem sono a vontade de acordar,
o canto dos pássaros o fugir dos carros
na auto-estrada futura que circunda a cidade.
Adormeço acordado o cigarro acabado,
a garrafa meada de vinho e a sóbria embriaguez
que me inspira as palavras que o coração vê.
E a mente sente, a doença de pensar…